CRONOLOGIA

Juliana Rego

 
1962 – PRIMEIROS TEMPOS

Rodrigo Andrade nasce em São Paulo, em 1962, filho do cientista político Regis Stephan de Castro Andrade e da cineasta Marily da Cunha Bezerra, que depois de dois anos morando em Paris (1964-66), ingressam na militância política. Em 1970, são presos pelo regime militar, seu pai por dois anos e sua mãe por onze meses.

Desenhando intensamente desde muito cedo, tem suas primeiras experiências com pintura por volta dos dez anos, baseando-se nos livros de arte que vê em casa, especialmente Picasso e Kandinsky. Não obstante, decide tornar-se desenhista de histórias em quadrinhos, que começa a fazer desde então, influenciado por Joe Kubert (Tarzan), Hal Foster (Príncipe Valente), Alex Raymond (Flash Gordon) e os heróis da Marvel Comics. Mais tarde, também pela vanguarda francesa de Guido Crepax, das revistas Metal Hurland e Pilote, e os quadrinhos undergroud de Robert Crumb.


 
Em 1977, com os amigos do colégio Equipe Paulo Monteiro, Fábio Miguez, Carlito Carvalhosa, Antonio Malta, Leda Catunda, os músicos Nando Reis, Marcelo Fromer e Branco Mello, o cineasta Cao Hamburger entre outros, criou a revista de histórias em quadrinhos Papagaio, impressa na gráfica do próprio colégio, ela durou até 1979, com três números. Colabora também com a revista Boca, idealizada pelos estudantes do curso Iadê, como Ignatz e Flávio Del Carlo.

Conhece o artista plástico Sérgio Fingermann e passa a frequentar seu ateliê de gravura. Esta convivência possibilita uma ampliação no repertório de Andrade:

“Em 1977 dois fatos iriam me direcionar para o território da arte. O primeiro foi estudar no colégio Equipe, onde meus paradigmas culturais mudaram radicalmente e onde formei um círculo de amigos com a mesma vocação […]
O segundo foi ter começado a frequentar o ateliê de gravura do Sergio Fingermann, a quem cheguei através do segundo marido de minha mãe, o filósofo José Arthur Gianotti, que teve influência decisiva na minha escolha pelas artes plásticas. No meio do ano, quando comecei a fazer gravura em metal, o desenho de observação mudou completamente a minha visão, a técnica passou a ser questionada em nome de uma “verdade do fazer”. Conheci Morandi, Hopper, Goeldi, Bonnard…vi outros como Matisse, Picasso, Cézanne, Van Gogh…além de conhecer uma série de artistas contemporâneos, como David Hockney, Francis Bacon, a art pop…além, é claro, das próprias pinturas de Sergio, cujo processo de criação podia acompanhar.”¹

Durante o período de 1975 a 1979 realiza viagens regulares nas férias escolares para Glasgow, Escócia, onde seu pai, separado de sua mãe e exilado, leciona ciências políticas. Em suas viagens visita a diversos museus britânicos e produz gravuras no Studio of Graphic Arts of Glasgow.

Em 1979, com 17 anos, com um retrato de seu pai feito em água-forte, ganha o Prêmio Aquisição no Salão de Arte de São José dos Campos. Com a Lei da Anistia, seu pai volta do exílio.

No ano seguinte, participa da primeira exposição coletiva, Gravura em metal com alunos e amigos de Sérgio Fingermann, na Galeria Tenda, em São Paulo. Apresenta pela primeira vez suas pinturas junto com Paulo Monteiro na Casa de Chá Jasmim, também em São Paulo. Entra no curso de Filosofia na Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), curso que não conclui.

Durante os anos de 1981 e 1982, vive em Paris por dez meses estudando pintura no ateliê de Monsieur Augereau, na École de Beaux Arts e visitando cotidianamente o Louvre e o Beaubourg, além de fazer uma viagem de 40 dias pela Itália junto com Fábio Miguez, onde conhece as pinturas de Giotto, Piero Della Francesca, Uccello e Fra Angelico, que se tornariam referências artísticas para a vida inteira, além de tantos outros pintores do renascimento e barroco italiano. Na volta de Paris, passa duas semanas em Nova York, visitando os museus e galerias da cidade.

1982 – CASA 7 E DESDOBRAMENTOS

O ateliê coletivo que ocupou a casa 7 da rua Cristiano Viana², foi criado a partir de uma ideia tida durante a viagem à Europa realizada com Fábio Miguez e compartilhada em trocas de cartas com os amigos Antonio Malta, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro. Ao retornarem, logo começaram a trabalhar no espaço em comum. Em 1983, sai Antonio Malta e entra Nuno Ramos, que passa integrar o “grupo”. Neste mesmo ano Rodrigo Andrade começa a pintar painéis com esmalte sintético sobre papel kraft, técnica que permitia a produção de pinturas em grandes dimensões, dado seu baixo custo, e que foi adotada também pelos outros artistas do ateliê, que têm entre si uma intensa troca artística e intelectual. Andrade comenta suas principais referências deste período:

“Logo depois, na Bienal de 1983, vi as enormes pinturas de Lüpertz e me identifiquei imediatamente com o descaso pelo acabamento e pelo cubismo grandieloqüente e ordinário de sua obra. Mas antes disso já tinha visto Philip Guston, que era um prato cheio para quem gostava de Morandi e Cumb ao mesmo tempo. Apesar da consistente influência de Guston, a transvanguarda foi mais libertadora na medida em que propiciava uma disponibilidade maior para motivações e referências variadas. No começo me liguei em Lüpertz e Baselitz, depois Schnabel, Kiefer e Basquiat.”³

Em 1984, participa da exposição Painéis, no Paço das Artes, em São Paulo, com Nuno Ramos e Paulo Monteiro, quando o marchand Fernando Millan compra vários painéis e sai a primeira crítica de jornal, de Radah Abramo, “Jovens artistas atravessam o Rubicão”. No mesmo ano e com os amigos do ateliê, além de Sérgio Fingermann, participam da exposição coletiva Pintura, no Centro Cultural São Paulo. Ganha o Prêmio Revelação no II Salão Paulista de Arte Contemporânea.

Em 1985, Aracy Amaral, diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), convida os cinco artistas do ateliê para realizarem a exposição Casa 7, e com isso dá nome ao grupo. A exposição itinera para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), dirigido por Frederico Morais.

Em outubro, os cinco artistas da Casa 7 participam da exposição 18ª Bienal de São Paulo – O Homem e a Vida, que ficou mais conhecida como a Grande Tela, por apresentar uma grande quantidade de pinturas uma ao lado da outra, com curadoria de Sheila Leirner. No catálogo da exposição da Casa 7, o crítico Alberto Tassinari aponta:

“De fato, os pintores da casa 7 não querem expressar o mundo a qualquer custo, mesmo que este tenha perdido uma fisionomia expressível mas, um pouco como a pop, dirigir a pintura para o território de uma estética da criação de códigos gestuais. Neste sentido, eles estão evocando a identidade perdida de uma certa pintura e de um mundo ainda não moldado pelas exigências da indústria cultural, não apenas para engrossar o movimento de volta a arte a seus “verdadeiros” lugares, mas, ainda mais uma vez, para colocar a questão da individualização problemática da arte no mundo contemporâneo.”4

Em 1986, realiza sua primeira individual, no Subdistrito Comercial de Arte de São Paulo, que desde o ano anterior passa a representar os cinco artistas da Casa 7.  Ainda influenciado pela dinâmica de grupo sua pintura passa por uma transformação radical.

“Fui escalado por João Sattamini para a primeira individual no fim de 1986. Com novas motivações e referências (Beuys, Serra, Kounnelis, Oiticica, Mira Schendel…), ao longo do ano produzi pinturas/colagens usando materiais como chumbo e borracha que rompiam com a poética figurativa e neoexpressionista anterior. Após a exposição sentia-me totalmente esgotado e, para piorar, se ganhei dinheiro nos anos anteriores, em 1987, com o colapso econômico do país e o fim da festa do emergente mercado de arte, a fonte simplesmente secou da noite para o dia. Por sorte, durante quase todo o ano, recebi direitos autorais de uma música que compus, “Garota de Berlim”, que fez sucesso com Supla (que tocou bateria comigo e Paulo Monteiro na extinta banda Metrópolis). Em 1987 produzi uma única e interessante pintura. Ocupava meu tempo lendo Conrad, Stevenson, Henry James, Kafka, Poe, Borges… e jogando xadrez.”5

Em 1987 o grupo do ateliê da Casa 7 se encerra, e Rodrigo passa a trabalhar em seu ateliê individual. Em 1988, em plena crise econômica, começa a trabalhar como artista gráfico, desenvolvendo capas para Editora Brasiliense e outros projetos gráficos. Em 1989, realiza a segunda exposição individual na Subdistrito Comercial de Arte de São Paulo com as séries das persianas. No ano seguinte, apresenta a exposição individual Desenhos, no Centro Cultural São Paulo. Em 1991, participa da exposição coletiva BR/80: Pintura Brasil década de 80, na Galeria Itaú, em São Paulo. É contratado como capista da revista Veja.

1992 – RETORNO A FIGURAÇÃO “FASE GOELDIANA”

Em 1991 começa a ser representado pela Galeria Camargo Vilaça. Em 1992,  apresenta sua primeira individual nesta galeria, expondo um conjunto de trabalhos que esboçam um retorno a figuração. Em 1993 nasce a sua filha Antonia.

Em 1994, uma mudança novamente se instaura em suas pinturas, agora plenamente figurativo e desta vez influenciado pelo universo temático do artista Oswaldo Goeldi, série exposta na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro. Em 1995, expõe novamente na Galeria Camargo Vilaça no catálogo da mostra o crítico Lorenzo Mammì, argumenta:

“Nos últimos quadros de Rodrigo há, é verdade, figuras tiradas literalmente das gravuras de Goeldi, quase homenagens ao mestre, mas elas podem ser reaproveitadas justamente porque a substância do quadro não está na figura e esta é, de certa forma, irrelevante. Se Rodrigo se aproxima de Goeldi, é porque a densidade de sua tinta já impedia a explosão imediata das cores, o escancaramento do gesto…
[…]
No entanto, a tradução de elementos da linguagem de Goeldi para a pintura não é, nem poderia ser, literal. A imagem da xilogravura, quando traçada em amplas regiões escuras, tende a desmaterializar-se, sugerindo um abismo infinito do qual as figuras mal se separam, nada sobre nada. A tinta óleo, ao contrário, parece tanto mais sólida e resistente quanto mais se distende sobre grandes áreas. Ela se torna então superfície impenetrável, barreira que o gesto não consegue transpor. As figuras de Goeldi são fantasmáticas porque custam a solidificar-se; as mesmas figuras, nos quadros de Rodrigo, são fantasmáticas porque a pressão excessiva da matéria não deixa ar suficiente para criar volume.”6

Em 1996, integra a exposição coletiva Panorama da arte brasileira, no MAM, em São Paulo. Neste mesmo ano, nasce seu segundo filho Teodoro. Em 1997, realiza exposições individuais na Galeria Casa da Imagem, em Curitiba, e na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro.

Em 1998, realiza exposição individual no Centro Cultural São Paulo. Cria o cenário para o espetáculo de dança Cê vai indo ou vem vindo, de Zélia Monteiro, apresentado no Sesc Belenzinho em São Paulo. E deixa de trabalhar como artista gráfico da revista Veja.

1999 –  FASE ABSTRATA E INSTALAÇÕES

“Minhas pinturas começaram uma lenta transição. Mesas, cadeiras, armários e personagens foram assumindo formas cada vez mais abstratas e as áreas de cor foram ficando cada vez mais monocromáticas e neutras. Até que, em 1999, passei a utilizar fica crepe como “máscara” para pintar retângulos de tinta, que se tornaram mais e mais espesso, até que num certo momento eu os apliquei em pares diretamente sobre a tela branca. Percebi que havia descoberto uma nova forma de pintar. Me senti como Jacó descobrindo água no deserto.” 7

Em 1999, passa a ser representado pela galerista Marília Razuk, e realiza uma primeira exposição individual nesta galeria, onde apresenta um novo conjunto de obras abstratas, configurando uma grande mudança em seus trabalhos, sobre os quais Rodrigo comenta:

“Se todo um conjunto de tradições construtivas garante identidade à minha pintura, esta é uma garantia, creio, enganosa. Acho que a força que porventura essas pinturas possam ter independe delas serem geométricas ou não. Elas são apenas geométricas. Não é uma questão de princípios nem adesão a uma tradição, mas um desdobramento orgânico – ainda que inusitado – de meu trabalho. Uma solução prática, digamos, para um problema estético ou metafísico. Dito de outra forma, uma solução geométrica para um problema pictórico.”8

No ano 2000, realiza pela primeira vez a instalação de blocos de tintas diretamente na parede no Projeto Parede, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Este projeto marca uma importante expansão do seu trabalho e o início das intervenções no espaço expositivo.

Em 2001, realiza uma intervenção em São Paulo intitulado: Lanches Alvorada. A crítica Taisa Palhares comenta sobre o projeto:

“Em 2001, Rodrigo Andrade realizou num bar em Santa Cecília um trabalho chamado Lanches Alvorada que consistia na colocação de blocos de tinta a óleo pura nas paredes do estabelecimento comercial do mesmo nome. O procedimento parecia simples e inserido coerentemente na produção que o artista vinha desenvolvendo em tela desde 1999: a aplicação, em geral em pares, de massa de tinta em formas geométricas sobre a superfície branca da tela. Não sem certa ironia, era como se a pintura respondessem, à questão sobre sua especificidade, de maneira concisa e sem rodeios: matéria, cor e o resultado de seus efeitos físicos (expansão, distensão, refração) sobre um anteparo neutro e nada mais além disso.
[…]
Em Lanches Alvorada o mesmo procedimento é transposto para uma escala ambiental. Mas ao fazer isso, ao se arriscar de maneira tão peremptória no espaço do mundo, o sentido da redução formal da pintura de Rodrigo parece ampliar seu horizonte de interpretação. Por isso, o trabalho, pouco comentado na época, representa, a meu ver, um momento crucial na produção do artista (e, diga-se de passagem, para pintura contemporânea brasileira)” 9

Em 2002, expõe individualmente pela primeira vez suas telas abstratas em grandes formatos no Centro Universitário Maria Antonia. Realiza ainda, neste mesmo ano, a mostra também individual na galeria Marília Razuk, o crítico Paulo Venâncio Filho escreve no texto que acompanha o catálogo:

“A naturalidade franca dos quadros, que sabemos vem de uma experiência historicamente carregada, desarma aquele que olha. Essas telas esplêndidas nos colocam num estágio grau zero, como se reexperimentássemos uma infância moderna refundada, novamente o risco da tela em branco. Há uma tal plenitude nesses simples elementos, nesses retângulos de tinta nos quais parece até se sentir o poder de uma força que experimentamos de imediato – a força de uma autonomia própria e legítima. Diante disso toda a veemência retórica pós-moderna como que desaparece e cala. Poderíamos apenas especular vagamente que estamos diante de uma despretensiosa reinvenção e releitura da visualidade urbana através de uma sensibilidade agudamente pictórica que absorve a existência imediata viva através da franqueza autêntica dos olhares. ”10

Em 2003, realiza a instalação Passagem, no espaço independente 10,20 × 3,60. No mesmo ano, faz a capa do CD e o cenário para o show Infernal… But There Is Still a Full Moon Shining Over Jalalabad, do músico Nando Reis, velho amigo do colégio e da revista Papagaio, e para quem produziu outras capas e cénarios feitos de imensas pinturas figurativas com tinta látex sobre lona de caminhão.

Em 2004 produz pela primeira vez múltiplos de bronze fundido pintados com tinta eletrostática. Os brocos de tinta servem como molde para as peças, que são constituídas sempre em pares de elementos que podem ser dispostos em variadas distâncias. O resultado é uma mímese de blocos de tinta aplicados na parede.

No mesmo ano recebe a prestigiosa Bolsa Vitae de Artes. Em 2005, apresenta nova exposição individual na Marília Razuk Galeria de Arte.

Em 2006 realiza o projeto Paredes da Caixa, aprovado no edital do Museu da Caixa Cultural, onde reafirma suas estratégias de intervenções em espaços públicos, ocupando oito salas do museu.

Como desdobramento do projeto e em parceria com o artista Wagner Morales, dirige o filme Uma noite no escritório, curta-metragem, cujo título faz referência à pintura Office at Night, de Edward Hopper. Sobre este trabalho Andrade comenta:

“Não só resultado foi para mim plenamente satisfatório como se desdobrou em outra obra, desta vez um vídeo de ficção de vinte minutos, Uma noite no escritório. Rodado nas salas do museu, aproveitei o soturno ambiente de época e as intervenções pictóricas. Eu escrevi, desenhei o storyboard (revivendo as histórias em quadrinhos), dirigi em parceria com o artista e cineasta Wagner Morales, e atuei, interpretando o dr. Wilson, um diretor de banco que é acometido por alucinações pictóricas.
[…]
No vídeo usei como suporte para as pinturas os corpos dos atores/personagens, numa nova expansão do meu trabalho. O filme foi lançado no Espaço Unibanco de Cinema em setembro de 2007.” 11

Em 2008, apresenta a exposição individual Pinturas para peixes e outras pinturas, na Galeria Marília Razuk, em São Paulo. Nessa exposição, as massas espessas de tinta a óleo são também aplicadas nas paredes internas dos aquários, convivendo com pequenos peixes de cores variadas, coincidentemente, marca a última apresentação da série de telas abstratas.

Nessa mesma ocasião, lança o seu primeiro livro monográfico pela Cosac Naify – Rodrigo Andrade – com textos de Alberto Tassinari e Taisa Palhares, fato que despertou o interesse de importantes coleções privadas, o que permitiu ao artista viver exclusivamente de sua pintura.

2009 – NOVO RETORNO A FIGURAÇÃO: MATÉRIA NOTURNA E OUTRAS SÉRIES

Em 2010 é convidado para participar da 29ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos, e passa a ser representado pela Galeria Millan, estes dois reconhecimentos marcam um novo patamar na carreira do artista e a inserção definitiva no mercado de arte brasileiro. Na Bienal, surpreendeu ao apresentar uma nova série de trabalhos intitulados Matéria noturna, que apontam para um retorno à figuração, agora baseada em imagens fotográficas, cujo caráter ilusionista se choca com a materialidade da pintura. Em entrevista Rodrigo comenta sobre o processo criativo:

“Eu me sinto condenado a um movimento constante. Algo meio picassiano. No meu percurso fiz várias mudanças radicais, rupturas. Desde a grande guinada ocorrida logo em seguida à Casa 7, e até antes disso. Dá pra falar num movimento pendular, ou circular, entre figuração e abstração, mas as questões retornam sempre em outro nível, como uma espiral. […] Meu processo é menos contínuo, por isso o momento forte da minha pintura é quando encontro uma forma nova de pintar. Procuro muito mais a descoberta e a habitação do território do que propriamente uma depuração.”12

No mesmo ano, na Pinacoteca do Estado de São Paulo realiza a intervenção Óleo sobre, mais uma realização de suas intervenções em espaço público, aplicando as espessas formas geométricas diretamente sobre as paredes do museu, ao lado das pinturas do acervo. Segundo o artista:

“Nesta Óleo sobre, no acervo da Pinacoteca do Estado, as intervenções acontecem num espaço ultra-artístico, relacionando-se não apenas com os espaços e a instituição, mas também com as obras de arte da coleção, estabelecendo um diálogo direto com elas. Este foi meu principal interesse ao realizar este trabalho, e o que distingue das minhas intervenções anteriores. E se, por um lado, eu estava animado por um espírito iconoclasta – como um invasor de um templo da arte brasileira – por outro foi um caráter conciliador, quase afetuoso, que me moveu. E de fato, se a presença das manchas de tinta às vezes chega a ser agressiva pelo tamanho e materialidade, por outro ela se acomoda harmoniosamente com as obras da coleção. Quando, durante a concepção da obra, fui me tornando consciente dessa ambivalência, tentei equilibrar esses dois aspectos – estranheza e harmonia – pensando que a força poética do trabalho residiria nesse equilíbrio.”13

Ainda em 2010, Andrade retoma a prática da gravura em metal, numa residência no ateliê de gravura do Instituto Iberê Camargo, em Porto Alegre.

Em 2011, realiza a exposição Velha ponte de pedra e outras pinturas, na Galeria Millan, continua a pesquisa aberta na série Matéria noturna. Porém aumentando significativamente a dimensão das telas.

Em 2012, convidado pela Galeria Estação a expor suas obras junto com as obras do pintor Ranchinho (Sebastião Theodoro Paulino da Silva), Andrade idealiza a exposição Jogo dos sete erros: Ranchinho e Rodrigo Andrade — onde produz pinturas idênticas às do artista popular, não fosse pelo seu procedimento de aplicar grossas camadas de tinta em certas áreas das pinturas, e de modo a que as pinturas originais e suas versões compusessem pares inseparáveis.

No ano seguinte, 2013, participa da exposição Lugar nenhum, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro. Realiza a exposição Pinturas de estrada, no Centro Universitário Maria Antonia. É convidado pelo Núcleo de Gravura do MAM SP, onde produz uma série de água-fortes, e desde então passa a explorar regularmente essa linguagem.

Em 2014, realiza a exposição Pinturas de onda, mato e ruína, na Galeria Millan, mais um desdobramento da série iniciada em Matéria Noturna. Aqui, porém, uma variação importante ocorre na série Bicromias, onde a cor, relegada ao segundo plano, volta a ser protagonista. O crítico Tiago Mesquita reflete sobre o uso de convenções pictóricas pelo artista, bem como do novo uso da cor:

“…enfim: todo o repertório da estética do pitoresco, mais uma ideia de paisagem do que uma paisagem real. Reduzida a duas cores, a composição acentua ainda mais sua vocação decorativa. O jogo especialmente extenso de remissões, numa corrente continua que vai dos primórdios da arte moderna até os procedimentos de reprodução gráfica, parece afastar definitivamente qualquer referente. No entanto, a paisagem existiu, foi fotografada. E o quadro existe, não se resolve numa superposição anódina de procedimentos e convenções. Cada dupla de cores reage diferentemente à luz, e obriga a variar os tratamentos: ora pinceladas curtas e sólidas, ora movimentos mais amplos; tinta mais grossa, ora mais diluída. Justamente nessas séries, em que Rodrigo mais se aproxima de uma atitude pop (pense-se, por exemplo, nas Sombras de Warhol), reafirma-se com mais clareza sua filiação a uma tradição pictórica onde é gesto que determina o significado.”14

Durante a exposição lança o seu segundo livro, publicado pela editora Cobogó, intitulado: Resistência da Matéria, que traz ensaios críticos de Tiago Mesquita, Lorenzo Mammì e uma entrevista com o artista.

Em 2015 é convidado pela Paragon|Contemporay Editions, de Londres, para desenvolver um projeto de gravuras em metal e múltiplos, produzindo uma série de 9 gravuras e uma edição de 32 pares de bronzes pintados com tinta eletrostática que não repetem as formas e cores, sendo cada par único.

No mesmo ano realiza a exposição Praça da República15, via edital do ProaC, o projeto foi pensado especialmente para o Ateliê397, espaço dedicado à arte experimental. Andrade exibe uma nova série, com mais de 30 pinturas, se valendo de temas recorrentes da arte popular: palhaço, preto velho, mulheres bonitas, além de paisagens. A crítica e curadora da mostra, de arte Thais Rivitti comenta:

“Nas pinturas de Praça da República, Rodrigo Andrade desencrava temas e modos de pintar antigos, velhos esquemas e técnicas hoje tachados como canhestros. Mas esse endereçamento ao passado – não um passado rigorosamente temporal, pois sabemos que a Praça da República, bem ou mal, sobrevive nos dias de hoje, mas antes a um tipo “arcaico” de pintura – não se dá em uma chave de fácil compreensão. Não se trata de um elogio do popular (um resgate, no sentido forte do termo), nem de uma condenação, uma exposição irônica ou paródica de suas francas limitações.Trata-se antes de um embate, estabelecido no campo da pintura, que tem como pano de fundo, a meu ver, uma das grandes questões colocadas à arte ainda no século XX. Questão que toca a noção de autonomia do campo estético e esbarra na ideia utópica de dissolução da arte na vida.”16

Em 2016, apresenta exposição individual Paisagens Recentes, na galeria Sim, em Curitiba.

2017 – DUAS CAVERNAS E RETROSPECTIVA

Em 2017, realiza a exposição individual: Duas Cavernas na Galeria Millan, que marca o fim da fase de pinturas baseadas em fotografias. O seu trabalho se divide em diferentes frentes de pesquisa e pela primeira vez apresenta juntamente três conjuntos distintos de obras: as paisagens, as duplas de figuras e a série abstrata bi-laterais, que marca definitivamente seu retorno ao trabalho com a cor como elemento fundamental em sua pintura.

No mesmo ano realiza a exposição Rodrigo Andrade: Pintura e Matéria (1983-2014), na Estação Pinacoteca em São Paulo. Primeira mostra com caráter retrospectivo, no texto de apresentação do catálogo a curadora Taisa Palhares, contextualiza:

“A exposição Rodrigo Andrade: pintura e matéria (1983-2014) reúne pela primeira vez mais de cem trabalhos que apresentam uma visão significativa da produção de Andrade, dos anos 1980 até 2014. Não seria exagero afirmar que, dentre todos os artistas de sua geração, marcados pelo movimento de retorno à pintura, ele é quem se manteve dedicado quase exclusivamente ao meio pictórico no decorrer dos anos. Não haveria nisso, contudo, uma adesão simplista à ideia da pintura como uma atividade superior, ou à defesa da pureza modernista diante do hibridismo da arte contemporânea. Ao contrário, desde o início o trabalho do artista revela uma vontade por vezes visceral de tensionar as certezas que limitariam sua atividade, e isso a partir do gesto categórico de seu fazer.
As obras escolhidas para exposição pretendem evidenciar esse movimento segundo uma ordem cronológica, mas ao mesmo tempo estabelecem relações entre pinturas de diferentes fases ou épocas. Se numa leitura mais superficial sua produção ora tende à formalização abstrata, ora se volta à figuração, sua interpretação não deve ser feita a partir da perspectiva teleológica, pois se na aparência essas etapas são opostas, há características comuns que unem seus trabalhos.17

 

¹ ANDRADE, Rodrigo. Colégio Equipe e Ateliê de Gravura. In: Roteiros de um pintor. Rodrigo Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2008. P. 188.

² Uma casa de vila que pertencia a sua família e onde Rodrigo passou a infância no bairro de Pinheiros em São Paulo.

³ ANDRADE, Rodrigo. Casa 7 e Bienal. In: Roteiros de um pintor. Rodrigo Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2008. P. 189.

4 TASSINARI, Alberto. Entre passado e future. In: Casa 7. São Paulo: Subdistrito Comercial de Arte, 1985. Catálogo da 18a Bienal de São Paulo.

5 ANDRADE, Rodrigo. Primeira individual, primeira crise econômica. In: Roteiros de um pintor. Rodrigo Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2008. P. 191.

6 MAMMÌ. Lorenzo. Rodrigo Andrade. São Paulo: Galeria Camargo Vilaça, 1995.

7 ANDRADE, Rodrigo. Novas descobertas. In: Roteiro de um pintor. Rodrigo Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2008. P. 193.

8 ANDRADE, Rodrigo. Rodrigo Andrade. São Paulo: Marília Razuk Galeria de Arte, 1999.

9 PALHARES, Taisa. Contaminações. In: Rodrigo Andrade. Paredes da Caixa. São Paulo: Caixa Cultural, 2006. P. 17.

10 VENANCIO FILHO, Paulo. Olhares. In: Rodrigo Andrade. São Paulo: Marília Razuk Galeria de Arte, 2002.

11 ANDRADE, Rodrigo. Novas descobertas. In: Roteiro de um pintor. Rodrigo Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2008. P. 195.

12 ANDRADE, Rodrigo. Entrevista Rodrigo Andrade x Tiago Mesquita. In: Resistência da Matéria. Rio de Janeiro: Cobogó, 2014. P.50.

13 ANDRADE, Rodrigo. Óleo sobre história da arte. In: Rodrigo Andrade Óleo sobre. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2010. (Folder).

14 MESQUITA, Tiago. Entrevista Rodrigo Andrade x Tiago Mesquita. In: Resistência da Matéria. Rio de Janeiro: Cobogó, 2014. P.190 e 191.

15 O título Praça da República faz referência a feira de pintura que acontece aos domingos na praça de mesmo nome, e que passou a ser símbolo de uma pintura popular kitch.

16 RIVITTI, Thais. Praça da República. Acessado em 30/03/2018: https://atelie397.com/1812-2/

17 PALHARES, Taisa. Na Fronteira. In: Rodrigo Andrade – Pintura Matéria (1983 – 2014). São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, p. 16.

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

2017
Rodrigo Andrade: pintura e matéria (1983 a 2014)
Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Curadoria: Taisa Palhares.

Duas cavernas
Galeria Millan, São Paulo.

2016
Rodrigo Andrade Paisagens Recentes
Galeria Sim, Curitiba.

2015
Praça da República
Ateliê 397, São Paulo.
Curadoria: Thais Rivitti.

2014
Pinturas de onda, mato e ruína
Galeria Millan, São Paulo.

2013
Pinturas de estrada e pinturas do mundo que flui
Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo.

2012
Jogo dos sete erros: Ranchinho e Rodrigo Andrande
10 pinturas e 10 versões
Galeria Estação, São Paulo.

2011
Velha ponte de pedra e outras pinturas
Galeria Millan, São Paulo.

Rodrigo Andrade
SESC Bom Retiro, São Paulo.

2010
Matéria noturna
29ª Bienal de São Paulo – A sempre um copo de mar para um homem navegar
Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo.
Curadoria: Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos.

Óleo sobre
Intervenção no Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo

Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Curadoria: Taisa Palhares.

2008
Pinturas para peixes e outras pinturas
Galeria Marília Razuk, São Paulo.

2006

Pinturas: Seleção 99-06
Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.
Curadoria: Rodrigo Moura.

Paredes da Caixa
Museu da Caixa Cultural, São Paulo.

2005
Rodrigo Andrade
Galeria Marília Razuk, São Paulo

2003
Passagem
Galeria 10,20 x 3,60. São Paulo.

2002
Rodrigo Andrade
Galeria Marília Razuk, São Paulo.

Rodrigo Andrade
Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo.

2001

Lanches Alvorada
Intervenção no bar, São Paulo.

2000
Projeto Parede
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Tadeu Chiarelli.

Pinturas recentes
Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro.

1999
Rodrigo Andrade
Galeria Marília Razuk, São Paulo.

1998
Rodrigo Andrade
Centro Cultural São Paulo.

1997
Rodrigo Andrade
Galeria Casa da Imagem, Curitiba.

Rodrigo Andrade
Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro.

1995
Rodrigo Andrade
Galeria Camargo Vilaça, São Paulo.

1994
Rodrigo Andrade
Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro.

1992
Rodrigo Andrade
Galeria Camargo Vilaça, São Paulo.

1990
Desenhos
Centro Cultural São Paulo.

1989
Rodrigo Andrade
Subdistrito Comercial Arte, São Paulo.

Rodrigo Andrade
Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade, FUNARTE, Rio de Janeiro.

1986
Rodrigo Andrade
Subdistrito Comercial Arte, São Paulo.

COLETIVAS

2018
Oito décadas de abstração informal
Coleções: Museu de Arte Moderna de São Paulo e Instituto Casa Roberto Marinho
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Felipe Chaimovich e Lauro Cavalcanti.

2017

Troposphere
Arte Contemporânea da China e do Brasil
Beijing Minsheng Art Museum
Curadoria: Bao Dong e Sarina Tang.

Retrato
Galeria Millan, São Paulo
Curadoria: Rafael Vogt Maia Rosa.

Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
Oca | Parque Ibirapuera – São Paulo
Curadoria: Paulo Herkenhoff, Thais Rivitti e Leno Veras.

2016
Clube de Gravura: 30 anos
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Cauê Alves.

2015

Casa 7
Pivô, São Paulo.
Curadoria: Eduardo Ortega.

2014
Diálogos com Palatinik
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Felipe Scovino.

Brazil: Arbeit und Freundschaft
Pivô, São Paulo.
Curadoria: Pedro Caetano.

Único
Carbono Galeria, São Paulo.
Curador: Paulo Venacio Filho

2013
Lugar nenhum
Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro.
Curadoria: Lorenzo Mammì e Heloisa Espada.

30 x Bienal
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo.
Curadoria: Paulo Venancio Filho.

2011
Colecionador de sonhos
Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, São Paulo.
Curadoria: Agnaldo Farias.

2010

Sempre à vista (Miragem)
Galeria Mendes Wood DM, São Paulo.
Curadoria: Rodrigo Matheus.

2009
Atenção: estratégia para perceber a arte
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Cauê Alves.

Objeto imaginado
Centro Cultural São Paulo.
Curadoria: Paulo Monteiro.

2008
31º Panorama dos Panoramas
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Ricardo Resende.

Paralela
Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo
Curadoria: Rodrigo Moura.

Cover = reencenação + repetição
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Fernando Oliva.

MAM 60
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Annateresa Fabris e Luiz Camillo Osorio.

2007
80/90 Modernos, pós-modernos etc.,
Instituto Tomie Othake, São Paulo.
Curadoria: Agnaldo Farias.

2006
Ao mesmo tempo o nosso tempo
Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Paralela
Pavilhão Armando de Arruda Pereira/Parque do Ibirapuera, São Paulo.
Curadoria: Vitória Daniela Bousso.

Singular e plural
Galeria Marília Razuk, São Paulo.
Curadoria. Cauê Alves.

MAM [na] OCA
OCA| Parque Ibirapuera, São Paulo.
Curadoria: Tadeu Chiarelli, Felipe Chaimovich e Cauê Alves.

2005
29º Panorama da arte brasileira
Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo.
Curadoria: Felipe Chaimovich.

Convidados do Panorama
Galeria Marília Razuk, São Paulo.

2004
Onde está você, Geração 80?
Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Curadoria: Marcus de Lontra Costa.

11º Salão da Bahia (Prêmio Beth Lagardère)
Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Bahia.

2003
2080
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Felipe Chaimovich.

Rodrigo Andrade, Leda Catunda e Marcos Giannotti
Galeria Ária, Recife.

2002
20 artista/20 anos
Centro Cultural São Paulo.

Matéria-prima
Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba.

A cor na pintura brasileira
Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Nova geometria
Galeria Fortes Vilaça, São Paulo.

2001
A cor na arte brasileira
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Tadeu Chiarelli.

O espírito da nossa época (Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz)
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Curadoria: Stella Teixeira de Barros.

Espelho Cego: Seleções de uma Coleção Contemporânea
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Márcia Fortes a partir da Coleção organizada por Marcantônio Vilaça.

Rodrigo Andrade e Fábio Miguez
Galeria Galeria Bahaus, Ribeirão Preto, São Paulo.

2000
Desenho contemporâneo
Centro Cultural São Paulo.

Doações recentes
Centro Cultural São Paulo.

Pintura contemporânea Rodrigo Andrade e Sergio Sister
Espaço MAM Nestlé, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Tadeu Chiarelli.

1999
United Artists
Casa das Rosas, São Paulo.

1998
Geração 80
Museu de Arte Contemporânea, Niterói, Rio de Janeiro.

O moderno e o contemporâneo na arte brasileira (Coleção Gilberto Chateaubriand)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.

1997
Doações recentes (Coleção Ruben Breitman)
Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Arte/cidade III
Ruínas do Moinho Santista, São Paulo.
Curadoria: Nelson Brissac Peixoto.

1996
Mostra da Coleção João Leão Sattamini
Museu de Arte Contemporânea, Niterói, Rio de Janeiro.

Coletiva
Galeria Camargo Vilaça, São Paulo.

1995
24ª Panorama da Arte Brasileira
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Curadoria: Ivo Mesquita

1994
Exposição coletiva
Galeria Camargo Vilaça, São Paulo.

1992
13 artistas paulistas
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

1991
BR 80 Pintura Brasil
Galeria Itaú, São Paulo.

Brasil – La Nueva Generación
Museo de Bellas Artes de Caracas, Venezuela.

1990
Prêmio Brasília de Artes Plásticas
Museu de Arte de Brasília.

1988
Tendências recentes
Centro Cultural São Paulo.

1987
Entre dois séculos (Coleção Gilberto Chateaubriand)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

1986
6ª Bienal Interamericana
Santiago de Cáli, Colômbia.

II Bienal de la Habana
Centro Wilfredo Lam, Havana, Cuba.

I Bienal Latino-Americana de Arte sobre papel
Museo de Arte Moderno de Buenos Aires, Argentina.

1985

Casa 7
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Curadoria: Aracy Amaral

Arte na Rua II
São Paulo.

VIII Salão Nacional de Artes Plásticas
Rio de Janeiro.

18º Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo.
Curadoria: Sheila Leirner.

1984
Pintura
Centro Cultural São Paulo.

1983
Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
Piracicaba, São Paulo.

1980
Gravura em Metal
Galeria Tenda, São Paulo.

Salão de Arte Contemporânea de São José dos Campos- Prêmio Aquisição.
São José dos Campos, São Paulo.

Casa de Chá Jasmim, São Paulo.

COLEÇÕES PÚBLICAS

Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, Brasil.

Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil.

Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto, Brasil.

Museu de Arte Contemporânea (MAC), Niterói, Brasil.

Museu de Arte da Pampulha (MAP), Belo Horizonte, Brasil.

Museu de Arte Moderna (MAM), São Paulo, Brasil.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.